Qualquer caminho, por definição, tem um ponto de partida e tem um destino. O nosso lado humano tem sempre a tendência para destacar esses marcos iniciais e finais quando, em complemento, não devemos ignorar as etapas intermédias.
A malta do Project Management sabe do que falo.
É por isso mesmo, que tendo chegado ao fim da competição de Matchplays SIXES de 2022 devemos assim recordar a viagem, o caminho. Porque é a viagem que conta!
Passámos por seis campos que nos deram a ver o que há de melhor e do que há de pior. Desde um campo em excelentes condições como o de Belas até ao muito agrónomo Sto Estevão, tivémos de tudo. Em retrospectiva, diria que tivemos um bom leque de campos para esta competição. Como em tudo tentaremos melhorar para o futuro, apesar dos tempos complicados que se avizinham em termos económicos para os campos e seus utentes.
No que mais conta, que são os nossos sócios, os jogos individuais foram sempre muito renhidos. Ficou claro, passando em revista os cartões dos jogos de todas as formações que a aleatoriedade no algoritmo da constituição das formações trouxe uma variedade bem-vinda na grande maioria dos casos. Foi essa variedade que trouxe também uma certa inconstância nos resultados dos jogos de 6 buracos.
Constata-se o seguinte. À partida, independentemente dos nossos adversários na formação, nunca conseguimos prever o resultado à partida. Como se diz já na gíria desportiva: “Prognósticos? Só depois do jogo!”.
Mesmo assim, prometemos melhorar ainda mais esta vertente de variabilidade e novidade nas formações para o ano que vem, tentando alargar ainda mais o field de jogadores.
Há muito mais a dizer sobre 2022 mas, estou seguro que muito já foi dito e discutido à mesa, depois das provas, em que também temos que convir que a qualidade dos repastos foi muito satisfatória, com um ou outro ponto que pode ter ficado, ou melhor, até ficou aquém das expectativas (Aroeira, Sto Estevão).
Bom, chega do que se passou em 2022 para passarmos à prova de sábado passado.
Esta última prova, sendo que é a última, foi a única em que a aleatoriedade não esteve presente nas formações. Para se decidir a constituição das formações o critério principal foi ditado pela classificações dos jogadores na tabela geral da competição. Aí jogam os melhores com os melhores, ou dizendo de outra forma, os que melhor se classificaram até à data jogaram juntos.
A imagem que me vem à cabeça é de umas oito matilhas de lobos se encontrarem na encruzilhada de vários caminhos onde se encontra, encurralado, um pobre coelho à espera do seu destino fatal. Os alfas, parados, fitando-se e medindo-se uns aos outros, avaliam as chances de vitória. Assim que o primeiro espasmo muscular motor de um dos alfas sinaliza o arranque à presa, a luta frenética pela morcela é infernal! O resultado final é que ficam todos à míngua.
Foi assim com as formações líderes dos nossos jogos… os pontos foram todos muito mais divididos… só não houve sangue derramado!
Foi assim que saíram vitoriosos 3 alfas de grande porte. Alfas, porque todos têm no nome a primeira letra do alfabeto. (Há que compensar com estas vitórias a frequência com que foram chamados ao quadro nos tempos de escola. :-D)
Sem mais demoras, em terceiro lugar, o Amadeu Remane mostrou claramente que esta coisa de ter handicaps baixos e ser Pai Natal a oferecer pancadas à borla não significa que à partida se vá perder tudo. Muito pelo Contrário! Parabéns Amadeu pelos 262,5 pontos amealhados com 11 jogos ganhos. Excelente resultado… Ó muy ilustre Malta – o Amadeu teve que oferecer 15 pancadas… em 18. \O-O/
Quanto aos dois primeiros classificados o que os diferenciou foi um ínfimo pontinho! Que aqui pode significar, no limite um daqueles putts de 70 cm feitos à pressa e que se desviaram à última da hora. Não foi bem assim, mas não andou longe disso. Vejam na classificação os jogas ganhos, empatados e perdidos e perceberão o que quero dizer aqui.
O segundo alfa foi o António Segurado. 312,5 pontos acumulados com 9 jogos ganhos e 7 empatados. Um passarinho contou-me que o António podia ter arrasado com a classificação. António, não foi desta, será da próxima, podes ficar… certo disso! Parabéns!
O grande vencedor veio à tona confortavelmente porque joga com a tranquilidade de quem não precisa de fazer tudo à pressa. Com ele está sempre tudo regulado. Foi quem teve mais jogos ganhos (12) e angariou 313,5 pontos. António Gonçalves, foste o Alfa com A maiúsculo! Com quatro provas de matchplay apenas angariaste pontos suficientes para ficares em segundo lugar na geral! Não disse que está tudo sempre regulado contigo? Estás de parabéns!
CLASSIFICAÇÃO
Posição | Nome | Total | MV | ME | MP | ||||
1º | António Gonçalves | 313,5 | 3 | 0 | 0 | ||||
2º | António Segurado | 312,5 | 3 | 0 | 0 | ||||
3º | Amadeu Remane | 262,0 | 2 | 1 | 0 |
*MV=Matches Vencidos | ME=Matches Empatados | MP=Matches Perdidos
**Critério de desempate=Buracos ganhos
Para ver a tabela de resultados completa, clicar no botão “Resultados” em baixo.
Com esta prova encerrámos o campeonato de Matchplay SIXES de 2002. Ainda temos algumas provas pelo caminho até ao nosso encontro de Natal mas não quero deixar de vos desejar um final de ano golfista espectacular e que venham para mais jogos em 2023.
Vemo-nos no campeonato do clube, no Algarve!
Saudações Golfistas!